VEREADOR DE MARTINS DESAFIA JUIZ E O PROMOTOR APÓS ASSUMIR LEVAR DEMANDAS PARA PREFEITURA E SER ACUSADO DE FURAR FILA DO SUS

Além de assumir que faz encaminhamentos de demandas relacionadas ao SUS diretamente na Prefeitura de Martins e ainda deixar os nomes das pessoas e os telefones para que a providência seja agilizada, o vereador Marcos Roberto, conhecido por Marquinhos(MDB), usou a tribuna da Câmara Municipal na sessão de 26 de abril passado, para desafiar o juiz e o promotor da cidade.

“Meu carro ta lá, eu levo. E mande o juiz e ou promotor empatar de eu levar, eu quero perguntar pra ele se o carro é meu ou é dele”, desafiou.

Marquinhos, assim como o colega Severino Sobrinho de Paiva, “Bibiu”, é acusado de usar influência política junto a prefeita Maria José Gurgel “Mazé”, para encaminhar eleitores para resolver problemas de saúde no SUS, sem respeitar a fila de demandas. O pior é que eles têm assumido essa condição de privilegiados.

“Ai quer dizer que nós vamos ser penalizados porque fazemos o bem sem olhar a quem de verdade?

Quem não tem coragem de fazer o bem, deixa quem tem coragem de fazer.

Deixa Marquinhos procurar a melhoria das pessoas, deixa Severino procurar também. Mas quando nós pedimos isso a prefeita de Martins, nós somos tachados como fura fila, que toma a frente das pessoas, enquanto nós estamos tentando fazer o bem”, disse durante a sessão.

“ Apenas nós levamos a demanda e deixamos lá o telefone da pessoa.

Nem todo mundo hoje tem 70 reais para pagar para ir até Pau dos Ferros. Meu carro ta lá, eu levo. E mande o juiz e ou promotor empatar de eu levar, eu quero perguntar pra ele e o carro é meu ou e dele”, desafiou Marquinhos.

A revolta dos vereadores aumentou depois que o presidente da Câmara, Francisco Avelino de Carvalho, o Cabecnha”, levou o assunto ao Ministério Público por entender que o esquema de fura fila é descoberto pelos próprios “criminosos”.

Em sessão anterior, o vereador Severino Sobrinho de Paiva, mais conhecido como Bibiu, chegou a insinuar que alguns dos seus colegas vereadores estariam envolvidos em atividades de uma gangue, quando viu a gravação de um pronunciamento seu ser inserido em ata. Na oportunidade, ele assumia que fazia esses encaminhamentos.

O episódio está agitando não só os bastidores da Câmara Municipal, mas também mexendo com o próprio processo político eleitoral, que deságua em mais um capítulo, agora com o desafio direto lançado à Justiça e do Ministério Público.

Esse turbilhão aumenta a pressão sobre as autoridades para agirem diante dessas alegações de favorecimento e abuso de poder.

Fonte: Gazeta do Oeste
Por Gilberto de Sousa