A MUNIÇÃO PESADA QUE BARROSO ESTÁ GUARDANDO CONTRA JAIR BOLSONARO.

Por Matheus Leitão.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), está sob a guarda de parte das investigações nascidas na CPI da Covid e que miram de forma única Jair Bolsonaro.

Sem foro privilegiado a partir de janeiro quando deixará a presidência, o líder da extrema-direita não deve ter a esperança de que os casos sigam para a primeira instância.
Isso porque outros agentes públicos com mandato também são alvos dos procedimentos investigatórios que apuram crimes contra a humanidade, o charlatanismo e a incitação ao crime por estimular a população “a se aglomerar, a não usar máscara e a não se vacinar”.

Na última segunda-feira, a Folha revelou que a Procuradoria-Geral da República tem travado há ao menos três meses o andamento do caso, por exemplo, de incitação ao crime.

A Polícia Federal pediu o acesso aos 10 terabytes produzidos pela Comissão do Senado – os dados brutos da investigação – que estão na PGR, mas que não foram compartilhados. É impossível que a Procuradoria-Geral da República consiga engavetar para sempre essas informações.

A PF pede os 10 terabytes para que seja possível “realizar o correlacionamento dos documentos juntados com cada fato típico supostamente praticado pelos envolvidos” e avançar sobre todas as investigações.

Primeiro a Polícia Federal apura e indicia ou não. Depois, a PGR denuncia ou pede o arquivamento. Uma coisa é certa.

Segundo a coluna apurou, Barroso não deixará que a investigação seja atrapalhada. Os casos abertos pela CPI da Covid, que indignaram o país, terão o devido processo legal.

O FUTURO POLÍTICO DE WENDEL LARGATIXA SERÁ DECIDIDO PELO TSE NESTA SEXTA FEIRA, 25 DE NOVEMBRO

O processo que julga a elegibilidade de Wendel Lagartixa terá julgamento na próxima sexta-feira (25). O caso a ser julgado determinará se ele poderá tomar posse do cargo na Assembleia Legislativa. A defesa de Wendel entrou com recurso e ele pretende fazer a sustentação oral de sua defesa, de forma presencial ou por vídeoconferência.

O registro de candidatura de Wendel Lagartixa foi indeferido no final do mês de outubro deste ano após decisão do ministro do TSE Ricardo Lewandowski, por condenações por porte ilegal de arma e munições de uso restrito, o que na época eram considerados crimes hediondos.

Wendel Lagartixa obteve mais 80 mil votos para o cargo de deputado estadual no pleito realizado no dia 2 de outubro.