Moraes pode ter colocado Lula numa saia justa.
Um passaporte, uma posse presidencial e uma boa dose de confusão diplomática. Alexandre de Moraes bateu o martelo: Jair Bolsonaro não vai a Washington assistir à posse de Donald Trump, marcada para a próxima segunda, dia 20 de janeiro.
Depois que perdeu o passaporte por possível envolvimente com o 08 de janeiro, Bolsonaro queria o passaporte de volta para prestigiar Trump, mas Moraes não comprou a ideia. Segundo ele, faltaram provas de que o convite era oficial.
- Além disso, o ministro apontou que o ex-presidente segue investigado e a chance de fuga ainda está no radar.
- A Procuradoria-Geral da República reforçou a posição contrária, alegando que o pedido de Bolsonaro não atendia ao interesse público.
Só que isso pode custar caro para Lula… Aliados de Trump, não gostaram nada da decisão de Xandão. Nos bastidores, gente próxima ao novo governo americano chamou a decisão de “armamentização” da justiça para atingir adversários políticos.
O Brasil tem muito a perder se Trump resolver jogar duro e estreitar relações com o país. Só em 2024, o comércio bilateral entre os dois países movimentou quase US$ 81 bilhões, com os Estados Unidos ocupando a posição de 2° maior parceiro comercial do Brasil, só atrás da China.
Se Trump seguir o estilo imprevisível de sua primeira gestão, tarifas sobre exportações brasileiras, como aço e alumínio, podem voltar ao radar — algo que já causou dor de cabeça no passado.
Antes mesmo do ano virar, Trump já tinha avisado que irá taxar em 10% os produtos importados da China e 25% de produtos do Canadá e México, assim que assumir. Se os laços com Lula realmente se estreitarem, o Brasil pode ser o próximo a entrar na roda.