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BENES LEOCÁDIO ADMITE QUE SEU NOME É BOM PARA DISPUTAR O GOVERNO DO RN

Foto: Reprodução/Facebook

A oposição segue lançando um candidato ao Governo por semana para a disputa com a atual chefe do executivo potiguar Fátima Bezerra (PT). O nome da vez, agora, é o do ex-prefeito de Lajes, município da região central, Benes Leocádio (Republicanos). Deputado federal mais votado nas eleições de 2018, Leocádio é um bom nome, aparece bem na maioria das pesquisas, e já admitiu ao jornal Agora RN que ‘topa a parada’: “Meu nome está sendo muito bem visto nos quatro cantos do estado. Temos apoio em todos os municípios, situação que me fortalece”, disse à reportagem do Agora.

Ninguém duvide do perfil conservador de Benes – inclusive por isso mesmo ele integra tão bem a base de apoio do presidente Bolsonaro na Câmara Federal. Mas, em meio a esse jogo político, é fundamental lembrarmos que Benes perdeu a prefeitura da sua própria cidade, Lajes, quando o jovem opositor Felipe Menezes derrotou o prefeito Marcão, que foi vice de Benes e era apoiado por ele nas eleições do ano passado.

Os holofotes se destacam muito mais por sobre a atuação municipalista do deputado, sua verdadeira bandeira. Benes é hoje o 1º lugar no ranking dos deputados municipalistas da Confederação Nacional de Municípios (CNM), com 444 pontos. Numa disputa para o governo, mesmo não se elegendo, se fortalece ainda mais contra Felipe no comando de Lajes em 2024.

Até lá, segue o jogo, fortalecido desde já pelo racha dos ministros/grupos Bolsonaristas, enquanto a governadora Fátima come sua pipoca Bokus e faz seu trabalho, alcançando bons índices de aprovação no estado.

E o plano “E”

A deputada Eudiane Macêdo (Republicanos) que fez dobradinha com Benes em 2018 deverá continuar na base do governo Fátima. Ela e seu marido, o articulador político Tácio, sabem o melhor caminho a seguir. Os riscos dos planos do colega republicano Leocádio podem não valer a pena no caso de Eudiane, que tem feito boa articulação e conta com importantes apoios.

Imperador

Esta coluna já havia alertado sobre o nome do prefeito Júlio César, de Ceará-Mirim, despontar como candidato ao governo. O que não se cogitava era o racha no grupo de ministros de Bolsonaro. Vejam a ironia: para quem não tinha nem um candidato, agora são logo dois – e bons nomes, eis a realidade. Benes, do grupo do ministro do desenvolvimento regional Rogério Marinho, tem um excelente currículo. Júlio, do grupo do ministro das comunicações, também. Ambos já foram gestores, experientes.

Soldados e plebeus

Na história, Júlio César fixou uma nova fase na história política romana. Liderou uma guerra civil que obrigou os senadores romanos e o então imperador romano Pompeu a fugirem de Roma para a Grécia. Por aqui não chegará a tanto – ao menos torcemos – mas acredito que o prefeito de Ceará-Mirim terá uma facilidade muito maior em falar com os eleitores do que Benes. Apesar da ligação com Fábio Faria, Júlio vai demonstrar independência e, com um bom marketing, conseguirá focar muito em obras e ações que pretende realizar, mostrar os feitos recentes de sua gestão como prefeito de Ceará-Mirim, enquanto o destaque da união de Benes e Bolsonaro tende a ficar mais escancarado – e ser algo ruim para o republicano municipalista.

Conquistas romanas

Júlio tem tudo para ir a guerra, inclusive, mais uma ironia, é atualmente primeiro vice-presidente da FEMURN, entidade já presidida por Benes.

Pontífice Máximo

Por fim, para quem se pergunta onde entra o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo (PDT) no jogo político do próximo ano, saibam que ele poderá estar ai: na chapa de Júlio César. Os desdobramentos desse “racha” é ainda maior, com o atual prefeito Álvaro Dias – forte na capital – ligado ao grupo de Rogério/Benes -, e o grupo de Carlos Eduardo – também forte na capital – ligado a Fábio Faria/Júlio.



 

Nivaldo Oliveira

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